É difícil eu ir em algum show. Primeiro porque normalmente as bandas que eu gosto não fazem apresentações na minha cidade e segundo porque quase nunca eu tenho dinheiro e/ou idade para ir nesses shows (se bem que na categoria idade eu me garanto a 11 dias! rs). Mas algum santo baixou, um milagre aconteceu e eu fui num show! É, uma amiga minha, a Lu, chegou e chamou pra eu ir no show do Cachorro Grande. Ela sabe que eu gosto da banda. E não é que eu logo tomei a iniciativa de comprar ingressos e tudo? Não é que eu empolguei com a idéia e topei ir mesmo com três dias de antecedência? *inserir icon de incadreditável aqui* É nessas horas que eu acredito que forças superiores de fato sussurram coisas nos nossos ouvidos...
18 de agosto. Sábado à noite. Music Hall. Festa Ultrabacana; shows com Pato Fu e Cachorro Grande. Na hora que eu entrei no lugar e ouvi a mulherzinha dizer "tenha uma festa ultrabacana" e me dar um pirulito juro que senti vontade de ir embora. Mas a vontade passou assim que cheguei no lugar da festa. A Lu concordou comigo: alguma coisa ali deixava a gente confortável. As pessoas não pareciam tão discrepantes quanto na maioria das festas. Claro, um bando de nerds! De diferentes categorias, é verdade, mas ainda assim estranhamente não-discrepantes de nós. Dá pra acreditar?
Ficamos bem perto do palco e quando o show do Pato Fu começou todas as nossas reclamações de que devíamos ter trazido colchonetes para dormir se mostraram infundadas: o show foi super animado. E eu descobri que sei mais músicas do Pato Fu do que pensava. As dancinhas toscas da Fernanda Takai foram ótimas (tá vendo? Eu ainda tenho futuro!). Me surpreendi e paguei língua mesmo. Excelente.
Pro show do Cachorro Grande as pessoas ficaram mais agitadas, brigando pra ficar mais perto do palco. E devo dizer que a maioria era composta de jovens de boina. rs Falar que foi uma apresentação empolgada é besteira. Foi animal! E terminou com um Rodolfo Krieger bêbado gritando que BH era foda e pulando em cima da galera. Como descrever uma coisa dessas?
(E como me perdoar por não ter levado uma câmera fotográfica?????????)
Parece estranho, né? Reunir duas bandas que a primeira vista são tão diferentes. E é mais estranho ainda perceber que você gostou dos dois estilos, e se divertiu igualmente com dois jeitos tão diferentes! Quer dizer, o show do Pato Fu é leve, bonitinho, empolgado, te faz balançar de levinho e dar pulinhos. Já o show do Cachorro Grande dá tanta energia que parece que você levou uma pancada na cabeça e ao mesmo tempo que tá destruído não consegue parar de gritar e dar verdadeiros saltos entusiastas... Fernanda cantando com suas dancinhas e Beto Bruno dando berros rodando o pedestal do microfone...
Como se junta gente assim no mesmo espaço? O que faz com que as pessoas gostem dos dois? Qual é a coisa que faz com esses dois sons sejam tão verdadeiros? Qual elemento faz com que nos identifiquemos com as duas bandas?
Cada um fala do que sabe.
Cada um faz a sua própria filosofia.
No final das contas, as diferenças não importam mais. A mensagem chega até nós da forma como tem que chegar. Falando da vida como um grito histérico ou como uma estrada, não importa. É por isso que Pato Fu e Cachorro Grande conseguem pirar o mesmo público.
Cada um fala do que sabe. Da sua própria verdade.
...
Eu escrevo.
Ultrabacana mesmo!
18 de agosto. Sábado à noite. Music Hall. Festa Ultrabacana; shows com Pato Fu e Cachorro Grande. Na hora que eu entrei no lugar e ouvi a mulherzinha dizer "tenha uma festa ultrabacana" e me dar um pirulito juro que senti vontade de ir embora. Mas a vontade passou assim que cheguei no lugar da festa. A Lu concordou comigo: alguma coisa ali deixava a gente confortável. As pessoas não pareciam tão discrepantes quanto na maioria das festas. Claro, um bando de nerds! De diferentes categorias, é verdade, mas ainda assim estranhamente não-discrepantes de nós. Dá pra acreditar?
Ficamos bem perto do palco e quando o show do Pato Fu começou todas as nossas reclamações de que devíamos ter trazido colchonetes para dormir se mostraram infundadas: o show foi super animado. E eu descobri que sei mais músicas do Pato Fu do que pensava. As dancinhas toscas da Fernanda Takai foram ótimas (tá vendo? Eu ainda tenho futuro!). Me surpreendi e paguei língua mesmo. Excelente.
Pro show do Cachorro Grande as pessoas ficaram mais agitadas, brigando pra ficar mais perto do palco. E devo dizer que a maioria era composta de jovens de boina. rs Falar que foi uma apresentação empolgada é besteira. Foi animal! E terminou com um Rodolfo Krieger bêbado gritando que BH era foda e pulando em cima da galera. Como descrever uma coisa dessas?
(E como me perdoar por não ter levado uma câmera fotográfica?????????)
Parece estranho, né? Reunir duas bandas que a primeira vista são tão diferentes. E é mais estranho ainda perceber que você gostou dos dois estilos, e se divertiu igualmente com dois jeitos tão diferentes! Quer dizer, o show do Pato Fu é leve, bonitinho, empolgado, te faz balançar de levinho e dar pulinhos. Já o show do Cachorro Grande dá tanta energia que parece que você levou uma pancada na cabeça e ao mesmo tempo que tá destruído não consegue parar de gritar e dar verdadeiros saltos entusiastas... Fernanda cantando com suas dancinhas e Beto Bruno dando berros rodando o pedestal do microfone...
Como se junta gente assim no mesmo espaço? O que faz com que as pessoas gostem dos dois? Qual é a coisa que faz com esses dois sons sejam tão verdadeiros? Qual elemento faz com que nos identifiquemos com as duas bandas?
Woo – Pato Fu
Faça algo mágico e faça agora
Ahaaa
Faça isso rápido e sem demora
Ahaaa
Siga a sua lógica indo embora
Ahaaa
Faça algo cínico e dê o fora
Ahaaa
Quando algo sai do seu controle
o mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar....ah.....
Sinta seu espírito ir à forra
Ahaaa
Tranque esse cubículo por fora
Ahaaa
Veja como é ótimo, não tenha medo
Ahaaa
Conte o seu angélico segredo
Ahaaa
Quando algo sai do seu controle
o mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar...ah...
Woo!
Woo!Velha amiga
- Cachorro GrandeVocê tem que olhar a estrada
Com uma cara cansada
Como uma velha amiga
Que você já não agüenta mais
Estou aqui de passagem
A vida é uma mala pronta pra viagem
Minha cabeça é minha bagagem
E a estrada é uma velha amiga
Com quem você pode contar, velha amiga?
Cada um fala do que sabe.
Cada um faz a sua própria filosofia.
No final das contas, as diferenças não importam mais. A mensagem chega até nós da forma como tem que chegar. Falando da vida como um grito histérico ou como uma estrada, não importa. É por isso que Pato Fu e Cachorro Grande conseguem pirar o mesmo público.
Cada um fala do que sabe. Da sua própria verdade.
...
Eu escrevo.
Ultrabacana mesmo!
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