segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Dói

Esse texto tem todo o crédito da Amanda Pavani, minha amiga, dona do blog Since I´m here que está com problemas para atualização. Por isso, ela pediu que eu cedesse esse espacinho para ela aqui. Espero que gostem do texto, porque eu gostei.

"Acabei de fazer uma coisa muito bonita.

Porém, ao mesmo tempo, acabo de descobrir que caridade dói, e dói uma dor física que sufoca.

Estava eu indo à FUMP (o prédio onde é gerida uma fundação de assistência estudantil, ou seja, um lugar que ajuda alunos pobres), quando o ônibus virou uma esquina e eu não pude deixar de olhar pra um mendigo, sentado sob o sol forte, com roupas escuras, todas rasgadas. O cabelo dele estava despenteado, parecia meio branco, meio cheio de poeira, e ele empurrava-o pra trás de quando em quando. Pensei que ele estava no começo da Augusto de Lima. Observei enquanto o sinal continuava fechado o modo como as pessoas passavam direto por ele e senti pena. Lembrei-me então de um desejo que eu guardava desde antes de me mudar, e prometi-me mentalmente que, depois de resolver meus assuntos na FUMP, compraria uma daquelas esfihas de carne do Habib's, que são baratinhas, e levaria pra ele. Aquilo ia requerer uma caminhada enorme, mas eu decidi que não ia doer sair um pouco do meu caminho pra dar algo praquele homem comer.

Só que o 5102, pra quem não conhece, é um ônibus que dá voltas e voltas na Praça Raul Soares, e quando olhei para o começo da Augusto de Lima antes mesmo de descer do ônibus, vi que não era lá que ele estava. Desanimei, pensando que ele poderia estar em qualquer esquina no entorno da praça, e ficar rodando lá poderia ser perigoso. Daí surgiu a segunda promessa mental: se eu encontrasse outro mendigo no caminho, faria a caridade, mas sabia que era uma promessa vazia, porque o caminho do ponto de ônibus até a FUMP é curto e não costuma ter mendigos.

Resolvi meus problemas, fiz meu lindo orçamento de gramática e dicionário de inglês, e fui saindo do prédio. Assim que pus os pés do lado de fora, ali estavam elas. Três mulheres, parecendo tão miseráveis quando o mendigo da idéia original, estavam sentadas ao lado do prédio, com carinhas sonhadoras, uma delas só com os dentes de cima da frente, espaçados e protuberantes; outra parecia mais velha, com os cabelos cinzentos iguaizinhos aos do homem, e uma menina encostada nela. As três estavam pedindo esmolas com duas caixas de sapatos. Eu hesitei em passar no meio delas, dei a volta, fiquei parada na calçada, olhando pra elas, sem ser percebida.
Pensei: são três! Eu não tenho tanto dinheiro assim pra comprar esfiha pras três, e não posso dar de comer só pra uma. Vou embora...

Dei um passo à frente, parei de novo, e entrei na fila do Habib's que fica ao lado da FUMP. Comprei três esfihas de carne pra viagem e saí do prédio.

Primeiro eu me aproximei daquela com poucos dentes. Nem lembro direito as palavras que eu usei. Algo sobre perguntar se ela estava com fome e se gostava de carne. Entreguei uma esfiha, ela me olhou toda feliz, disse: "Deus te abençoe", e eu respondi "Amém", mesmo sem ser mais católica, que é o que eu sempre faço, pra não magoar os sentimentos religiosos das pessoas. Só que quando eu me virei pras outras duas, que já estavam alegrinhas por antecipação, eu não aguentei e comecei a chorar. Balbuciei de leve que tinha comprado uma esfiha pra cada uma. Entreguei as esfihas pra elas, depois os guardanapos. Voltei e entreguei guardanapos de papel pra primeira mendiga também, porque eu tinha esquecido.

Respondi aos agradecimentos delas de novo e me joguei na faixa, onde o sinal estava aberto pros pedestres. Estava chorando que nem criança, não consegui aguentar. Estava também com essa dor de que eu falei no começo, que pareceu fazer o meu coração inchar, ficar imenso, e me apertar por dentro; não tinha espaço pra mais nada, só coração.

Fiquei triste, porque aquilo era tudo que eu podia fazer por elas. Fiquei puta, porque todo mundo passa reto, todos os dias. Fiquei com vergonha, porque era a primeira vez que fazia isso, quando isso deveria ser um ato rotineiro, não só meu como de todas as pessoas. Fiquei me sentindo uma espécie de Cinderella Man, mas isso não me deixou tão feliz comigo mesma quanto achei que me deixaria, porque, de certa forma, eu estava sentindo dor. Era tão forte que eu fiquei assustada, enquanto subia a Espírito Santo. Achei que não ia conseguir chegar ao ponto de ônibus, passei direto por um hotel rico, com engravatados conversando educadamente à porta, passei por dois moleques com camisetas de Medicina da UFMG. E aquela dor não passava. Eu subi no ônibus, me sentei e continuei chorando, com todos esses pensamentos piegas que a caridade gratuita envolve, como "por que as pessoas deixam outras sofrerem desse jeito?" ou "por que ninguém faz nada?".

Não podia deixar de lembrar, também, do Machado de Assis, que é sempre essa droga dessa nuvem negra em cima da cabeça da gente, falando que nunca se faz nada gratuitamente. Se eu dei um pouquinho de comer pras mendigas, queria reconhecimento, seja por quem estava passando pela calçada, seja por quem vai ler essa postagem, ou qualquer pessoa que consiga ouvir essa história de mim. Mas tá doendo tanto, que eu queria abraçar a minha mãe. Nada que eu faça agora faz essa sensação passar, apesar de eu ter certeza que fiz não só uma coisa certa, como uma coisa admirável, mesmo que o meu subconsciente tivesse me jogado dentro do Habib's só pra aumentar minha auto estima, ou a estima de vocês sobre mim. Muita gente condena esses atos aleatórios de alimentação dos pobres, porque é apenas um modo de ilusão. Bom, não seria, se vossas senhorias fizessem o mesmo, de vez em quanto. As três esfihas me custaram 1,70. Não dói não. O que dói é o que vem depois.

Outra vontade que me tomou conta foi de gritar com alguém, de cuspir na cara dos revolucionários que agora enchem o campus da UFMG. Me deu vontade de quebrar alguma coisa cara de alguém importante. Deu vontade de me esconder."


Amanda Pavani.

Ultrabacana

É difícil eu ir em algum show. Primeiro porque normalmente as bandas que eu gosto não fazem apresentações na minha cidade e segundo porque quase nunca eu tenho dinheiro e/ou idade para ir nesses shows (se bem que na categoria idade eu me garanto a 11 dias! rs). Mas algum santo baixou, um milagre aconteceu e eu fui num show! É, uma amiga minha, a Lu, chegou e chamou pra eu ir no show do Cachorro Grande. Ela sabe que eu gosto da banda. E não é que eu logo tomei a iniciativa de comprar ingressos e tudo? Não é que eu empolguei com a idéia e topei ir mesmo com três dias de antecedência? *inserir icon de incadreditável aqui* É nessas horas que eu acredito que forças superiores de fato sussurram coisas nos nossos ouvidos...

18 de agosto. Sábado à noite. Music Hall. Festa Ultrabacana; shows com Pato Fu e Cachorro Grande. Na hora que eu entrei no lugar e ouvi a mulherzinha dizer "tenha uma festa ultrabacana" e me dar um pirulito juro que senti vontade de ir embora. Mas a vontade passou assim que cheguei no lugar da festa. A Lu concordou comigo: alguma coisa ali deixava a gente confortável. As pessoas não pareciam tão discrepantes quanto na maioria das festas. Claro, um bando de nerds! De diferentes categorias, é verdade, mas ainda assim estranhamente não-discrepantes de nós. Dá pra acreditar?

Ficamos bem perto do palco e quando o show do Pato Fu começou todas as nossas reclamações de que devíamos ter trazido colchonetes para dormir se mostraram infundadas: o show foi super animado. E eu descobri que sei mais músicas do Pato Fu do que pensava. As dancinhas toscas da Fernanda Takai foram ótimas (tá vendo? Eu ainda tenho futuro!). Me surpreendi e paguei língua mesmo. Excelente.

Pro show do Cachorro Grande as pessoas ficaram mais agitadas, brigando pra ficar mais perto do palco. E devo dizer que a maioria era composta de jovens de boina. rs Falar que foi uma apresentação empolgada é besteira. Foi animal! E terminou com um Rodolfo Krieger bêbado gritando que BH era foda e pulando em cima da galera. Como descrever uma coisa dessas?

(E como me perdoar por não ter levado uma câmera fotográfica?????????)

Parece estranho, né? Reunir duas bandas que a primeira vista são tão diferentes. E é mais estranho ainda perceber que você gostou dos dois estilos, e se divertiu igualmente com dois jeitos tão diferentes! Quer dizer, o show do Pato Fu é leve, bonitinho, empolgado, te faz balançar de levinho e dar pulinhos. Já o show do Cachorro Grande dá tanta energia que parece que você levou uma pancada na cabeça e ao mesmo tempo que tá destruído não consegue parar de gritar e dar verdadeiros saltos entusiastas... Fernanda cantando com suas dancinhas e Beto Bruno dando berros rodando o pedestal do microfone...

Como se junta gente assim no mesmo espaço? O que faz com que as pessoas gostem dos dois? Qual é a coisa que faz com esses dois sons sejam tão
verdadeiros? Qual elemento faz com que nos identifiquemos com as duas bandas?

Woo – Pato Fu

Faça algo mágico e faça agora
Ahaaa
Faça isso rápido e sem demora
Ahaaa
Siga a sua lógica indo embora
Ahaaa
Faça algo cínico e dê o fora
Ahaaa

Quando algo sai do seu controle
o mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar....ah.....

Sinta seu espírito ir à forra
Ahaaa
Tranque esse cubículo por fora
Ahaaa
Veja como é ótimo, não tenha medo
Ahaaa
Conte o seu angélico segredo
Ahaaa

Quando algo sai do seu controle
o mundo volta a respirar
A confusão pode ser doce
A perfeição pode matar...ah...

Woo!

Woo!

Velha amiga
- Cachorro Grande

Você tem que olhar a estrada
Com uma cara cansada
Como uma velha amiga
Que você já não agüenta mais

Estou aqui de passagem
A vida é uma mala pronta pra viagem
Minha cabeça é minha bagagem
E a estrada é uma velha amiga

Com quem você pode contar, velha amiga?

C
ada um fala do que sabe.

Cada um faz a sua própria filosofia.

No final das contas, as diferenças não importam mais. A mensagem chega até nós da forma como tem que chegar.
Falando da vida como um grito histérico ou como uma estrada, não importa. É por isso que Pato Fu e Cachorro Grande conseguem pirar o mesmo público.

Cada um fala do que sabe. Da sua própria verdade.

...

Eu escrevo.



Ultrabacana mesmo!




domingo, 12 de agosto de 2007

Avô deserda Paris Hilton

Quando eu li essa notícia, três reações diferentes desencadearam ao mesmo tempo:

1 - Bem feito, aquela vaca! Se ferrou.
2 - Quem se importa?
3 - Golpe da mídia, mas que lixo!

É engraçado que quando o assunto se volta para a vida das celebridades, todo mundo enche o peito para dizer: "Mas é uma mesquinharia mesmo. Como se a gente estivesse interessado na vida deles. E a televisão empurra essa porcaria pra gente, como se fosse importante. Deviam investir em programas educativos que realmente ensinam as pessoas. Notícia de verdade". A maioria das pessoas presentes na conversa faz sinal de afirmação, algumas intervenções de concordância e no fim todos dizem o quanto o povão se deixa seduzir pelas pseudo-notícias. O mundo é lindo, as pessoas têm senso crítico, todos vamos viver felizes como irmãos pelo resto da eternidade... e bla bla bla. Acontece que em toda sala de espera de consultório médico ou dentário sempre tem uma revista ´Caras´. E todo mundo lê.

É inevitável. Você está lá sentado - numa cadeira que nem sempre é confortável - observando uma secretária - que nem sempre é agradável - antotar alguma coisa ou tomar o cadastro de algum outro paciente. A consulta como sempre está atrasada, já faz meia hora que você está olhando para a parede e de repente, num banquinho ao lado do lugar onde você está sentado está ´Malu Mader revela sua intimidade´. Quem resiste, né? O mundo conspirou para você pegar a revista e ler não só sobre a intimidade de Malu Mader, mas também sobre o fim do namoro da Débora Secco ("mocinha desfrutável!"), sobre a casa nova que o Fábio Júnior ("como se ele não tivesse muitas!") comprou e sobre o escândalo que foi a Lindsay Lohan aparecer sem calcinha numa festa ("aquela vadia!"). Nessas horas você esquece que normalmente é contra essas pseudo-notícias. Se esquece de que diz para todos os seus amigos que bom mesmo é ler ´Superinteressante´ ou, quando quer impressionar mesmo, ´Carta Capital´. Porque nessas horas o que realmente importa é que a Xuxa emagreceu 10 quilos! ("Magrela!")

A humanidade sofre do que eu chamo de fetiche do holofote. Vontade de estar lá sob as luzes da ribalta, de conhecer o mundo por trás da cortina de seda que é o show bizz. Chegar perto daqueles que estão lá em cima, conhecer seus segredos, se aproximar deles. Sentir, mesmo que seja falsamente, que estão perto deles... Porque em cima do palco o mundo é melhor. Em cima do palco as pessoas são mais bonitas, são mais bem vestidas. Em cima do palco os casamentos são perfeitos, as chances de criar uma ruga são mínimas e os rios de dinheiro... ah, os rios de dinheiro! Todo mundo quer ser famoso. E quando não dá, ler uma nota ou outra sobre o vestido novo da Sarah Jessica Parker ajuda a matar um pouquinho do desejo...

O problema é que humanos são bichos estranhos. São complexos, são paradoxais, são loucos, são esquisitos e principalmente, têm uma necessidade compulsiva de criar problemas. O problema do fetiche do holofote é: vamos fingir que somos cults, não ligamos para essa porcaria. E no fundo uma vontade louca de saber se a Angelina Jolie vive feliz com o Brad Pitt lateja no peito. Negação. Qual a solução para dar vazão a essa frustração? (quantos -ãos... rs) JOGA PEDRA NA GENI!

Ah, que alívio descobrir que o Tom Cruise tem TOC e que o Leonardo diCaprio terminou com a Gisele. Só não foi melhor que ver a Britney ser internada três vezes seguidas numa clínica de reabilitação e a Paris Hilton ser presa por 23 dias. Já que não podemos ser como eles, que possamos ver que eles são como a gente, não? Pior que a gente. É o tipo de pensamento que conforta as pessoas. Ao mesmo tempo que veneram celebridades, têm um prazer sádico em vê-las se darem mal. Eu disse que humanos eram estranhos.

Ninguém está livre da tentação de ler a manchete da ´Ti-ti-ti´ ou uma notinha da ´Querida´. Nem eu, nem você, leitor - que aposto que está agora mesmo dizendo que não lê essas porcarias sem conteúdo! -. Negação.

Será que tem mesmo algo de tão errado, de tão criminoso em ler "a última" na página principal do seu provedor? Será que vai pro inferno quem sabe qual o atual namorado da Jennifer Aniston? Será que é atestar seu baixo nível intelectual confessar em frente aos amigos que você achou horroroso o vestido da Helena Boham Carter na última Premiere do filme dela? (que é que era aquele echarpe, pelo hipogrifo sem dente!) Huuuuuuuuuum, acho que a resposta é não.

Mas existe uma coisa que realmente define a sua posição. Quando o dentista chama o seu nome você pára de ler. E aí, na volta pra casa, você lembra de outras coisas; daquele filme bacana que vocêu viu, ou da situação política do país; ou de uma piada realmente engraçada. Agora a notícia da Paris Hilton deserdada é um limbo na sua mente, e não faz diferença na sua vida... Afinal de contas, é só fruto de um complexo maluco da humanidade, não? É, não é tão importante assim..

Se três reações são desencadeadas ao mesmo tempo na sua mente com uma notícia desse tipo, não se preocupe, não há nada de errado com o seu cérebro. Você não será expulso do grupo dos nerds e seu livro favorito ainda pode ser O Senhor dos Anéis...




quarta-feira, 8 de agosto de 2007

17

Bem, é hora de dar adeus aos 17. Nossa, como eu gostei desse número! Apesar de todas as brincadeiras e piadinhas por ser a única da turma que ainda era uma underage, apesar de me sentir uma pirralha no meio de um bando de gente adulta discutindo literatura, eu posso dizer, com toda segurança do mundo, que os 17 valeram a pena. Valeram mesmo.

Com 17 anos eu estudei como nunca tinha feito na vida; com 17 anos eu descobri que os meus amigos são os melhores do mundo; com 17 eu vi que minha família me apoia em tudo (e tem uma paciência que só Deus sabe como resiste!); com 17 eu tive um namorado extremamente babaca (todos precisam ter um na vida); com 17 anos eu descobri que é bacana ensinar os outros; com 17 eu dei muita risada; com 17 eu chorei um bocado e gritei com pessoas com que não devia ter gritado. Com 17 anos eu já odiei andar de busão; com 17 anos eu entrei numa universidade federal renomada (três vivas para a UFMG!); com 17 anos eu descobri que tenho uma paixão maior por Teoria da Literatura do que por Linguística!; com 17 anos eu vi que muita gente joga a vida fora, equanto pouca gente vale a pena; com 17 anos, e eu ainda acho que a melhor banda do mundo é o Rush (apesar de escutar outras e achar que elas são boas); com 17 anos e o melhor presente que posso ganhar é um livro. Com 17 eu saquei que às vezes as pessoas mudam, mas isso não é necessariamente ruim; com 17 eu descobri que amizade on-line não é possível, mas duradoura (Resort 4ever); com 17 eu descobri que ainda sou capaz de escrever algo original (mas ainda acho que as fanfictions foram uma fase maravilhosa que talvez nunca passe de todo! R/H writer sempre!); com 17 anos eu li o final de Harry Potter (e chorei, descabelei, sorri, torci) e considero que essa é a melhor série já escrita! Jo é minha ídola!; com 17 anos eu vi que os teóricos literários podem ser bem idiotas e que às vezes, é melhor gostar de Harry Potter mesmo e ser feliz. Com 17 anos eu saquei que, bem, eu sou eu mesma. E que sou feliz assim. Os 18 não vieram para inaugurar uma nova fase e sim para confirmar tudo o que eu construí e fui nesses últimos 17 anos.

Eu vou sentir falta dos 17... Se o Stephen King tem o 19, eu tenho o 17. Então é com muita nostalgia que eu encerro esse post... É com saudade que amanhã caminho para os 18, lembrando da festa de aniversário surpresa... do cursinho... do primeiro dia na faculdade... do trote que minha família e amigos me deu... de todas as idas ao cinema e ao boliche com os amigos... dos rodízios de pizza... de Harry Potter... do Resort... das conversas tresloucadas no msn... das músicas ouvidas enquanto vagava na internet... das minhas fanfics... das fanfics dos outros!... das conversas com a minha irmã durante a noite e das teorias desenvolvidas do nada... do colo da minha mãe... das trocas de idéia com o meu pai... Não é realmente um adeus, eu sei. Eu não vou deixar essas coisas morrerem porque elas estão eternizadas para sempre na minha memória!

Eu agradeço a todos que estiveram comigo nesses 17 anos de vida! Sem vocês, eu não seria ninguém. Amo todos!




O espírito sem limites é o maior tesouro do homem.